segunda-feira, 22 de julho de 2013

O caos na saúde pública brasileira

Como já sabemos caros leitores deste post, a polêmica da vez é o programa Mais Médico anunciado no dia 08 de julho pelo Governo Federal. Médicos de todo o Brasil foram às ruas protestar contra o programa e a possibilidade da vinda de 6.000 médicos cubanos sem a necessidade da revalidação do diploma.

A realidade é que a grande maioria não se preocupa se virão médicos europeus ou estadunidenses, mas quando o assunto é cubano e no que se refere a país socialista a história é outra. O alvoroço e as críticas aos médicos cubanos tomou tamanha proporção, que às vezes até penso que eles vão atender pacientes do hospital Sírio Libanês.  Obviamente não, eles vão para postos de saúde, hospitais e  locais onde a grande maioria dos médicos não quer atender; vão para as regiões norte e nordeste de nosso país; locais com surtos de malária; lugares sem condições e estrutura mínima para um atendimento humanizado.

É evidente que parte da "não" aceitação do programa Mais Médico está no preconceito, principalmente, no que diz respeito aos médicos cubanos. Muitos têm criticado à medicina cubana sem embasamento lógico. Se os médicos e a medicina cubana fossem tão péssimos assim, não estariam em posição melhor no sistema de saúde que os brasileiros. Cuba ocupa hoje a 39° posição, enquanto o Brasil ocupa 125° posição, isso segundo dados da Organização Mundial da Saúde (de 2011). Sem mencionar que Cuba já exporta médicos para mais de 70 países, inclusive para Portugal desde 2009 onde a maioria dos médicos cubanos avaliados obteve êxito na avaliação. 

Portanto, vamos analisar a situação, se é uma medida emergencial do governo a única opção é aceitar bem a ideia, até porque não temos médicos que supram a demanda de atendimento da nossa população. Resumindo, creio que a principal questão é o povo brasileiro e o acesso digno à saúde, e se não conseguimos assegurar isso por falta de médicos não devemos boicotar a entrada de médicos estrangeiros no país, sejam eles cubanos, africanos, americanos ou pertencentes a outras nacionalidades.








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